11/02/13

A razão da minha ausência

D. Pereira perguntou qual a razão da minha ausência e agora sinto-me capaz de a explicar, a 29 de Dezembro o meu ano terminou da pior forma, o meu avô, aquele que eu sempre soube que me adorava mais do que a própria vida, que me ensinou a jogar Xadrez e "perdia" horas a conversar comigo, morreu e eu entrei numa espiral de desgosto que me secou as palavras.
Como disse no dia anterior ao meu Pai, eu não sabia como viver num mundo em que o meu avô não estivesse comigo e foi 1 processo. De aprendizagem, de luto e acima de tudo de recordar o quão bons foram os anos que ele esteve comigo.
Claro que ainda agora, depois deste tempo todo, me custa entrar no escritório dele, remexer nos papeis, escrever as cartas às entidades competentes. Mas a dor lacinante vai passando, porque a vida é mesmo assim e eu sei que ele não ficaria nada satisfeito comigo se eu me fechasse em casa a chorar sem parar.
Mas acima de tudo tenho sempre presente o excepcional avô que ele foi, a doçura com que se recusava a dar-me o gostinho de admitir que gostava mais de mim que dos meus primos e o quanto eu gosto dele.



6 comentários:

ana disse...

Toma http://coisas-esdruxulas.blogspot.pt/2012/12/a-dose-exacta.html

Daqueles dias que foram tão teus como meus porque conheço essa dor exactamente.

E se por um lado fico agoniada por estares a senti-la, por outro lado fico tranquila por saber que és sortuda como eu sou, por teres tido na tua vida um Avô assim. E as vivências, embora finitas, dão origem a recordações e, sobretudo, a valores que fazem de nós as pessoas que somos.

Beijo graaaaande e bom regresso aqui, aos poucos, como à tua nova vida... Estou aqui, aí, onde for preciso!

Pedro disse...

Lamento =(
Beijinho e muita força!*

Coquinhas disse...

Oh minha querida :( um abraço mesmo mesmo gigante. Força

Unknown disse...

Lamento imenso querida...
Não sei o quanto custa perder um Avô, mas sei o que me custou perder o meu Pai...
Enfim, espero que consigas manter a cabeça erguida, ele vai sempre olhar por ti...

Beijinhos!

Shinobu disse...

sei o que isso é querida... senti o mesmo quando a minha avó faleceu... foi mais cedo do que tu, mas foi algo que me tocou muito cá dentro... porque os meus pais sempre trabalharam muito e praticamente quem me criou foi ela, passava todo o meu dia-a-dia do seu lado e para mim ela era mais que uma mãe... como tu dizes... duvido que ele queira que te fechasses em lágrimas... muito a custo, mas o ideal é continuares com a tua vida ^^

trintona disse...

Querida Blue,
Infelizmente foi o que imaginei. Infelizmente também sei o que sentes. É um pedaço de nós que também vai. É um não acreditar que aquela pessoa já não está lá.
O desaparecimento da minha avó foi e ainda é muito complicado. Mas descobri uma maneira de estar mais próxima dela e nesses momentos é uma nadinha mais fácil.
É preciso chorar, e chorar e deixar que o nosso coração aos poucos comece a ter luz, porque a melhor forma de nos lembrar-mos e de homenagearmos alguém tão especial é viver e ser feliz. Porque era mesmo isso que eles queriam para nós!
Beijão minha querida, e aos pouquinhos vais voltar. E não me esqueci do prometido. MESMO!