Como gosto de ti? Deixa contar
Os modos. Com a altura a extensão,
e a largueza da alma, quando vão
Seus desejos o Bem a procurar
Amo-te simplesmente, como o ar
que respira. Ao sol, na escuridão
Com a audácia de um livre coração;
Co'o pudor que a lisonja faz calar.
Amo-te co'o desejo, com a ânsia
que na dor tive; com a fé da infância;
Com esse amor que sempre cri perder,
Perdendo os meus. Amo-te sempre: andando,
chorando, rindo, lendo, respirando...
E hei-de amar-te melhor, quando morrer.
Elizabeth Barret Browning
(Coxhoe Hall, Durham, 1806-1861)