Pedro

Uma parte de mim será sempre apaixonada pelo Pedro. Até podia mudar-lhe o nome para efeitos de privacidade, mas nem o quero fazer, como se, se o fizesse arruinasse a mística da personagem.
Há uma parte de mim que, ainda hoje, passados 10 anos se derrete quando ouve o nome dele, o sotaque do Porto e se lembra do quão apaixonada esteve por ele.
Mas além dessa parte, há outra que sabe perfeitamente que esse Pedro já não existe, o miúdo de 14 anos que fazia o meu coração palpitar, e por quem eu estive tão perdida e irremediavelmente apaixonada, que preencheu páginas e páginas do meu diário, cresceu e já não é o "meu" Pedro. Aquele que usava umas camisolas da Bad Boy e umas calças da Resina que me levavam ao delírio e que usava um perfume da Tommy, que eu considerava e considero ainda hoje, puramente divinal.
O "meu" Pedro será sempre o meu primeiro grande amor, aquele por quem eu chorei as mais amargas lágrimas e por quem nutri o mais sublime dos amores.
Ele será sempre um assunto mal resolvido, será sempre uma doce memória.
Ele foi o rapaz que me mostrou que a pronuncia do Norte é prenuncio de sorte!
;)