Há dias assim, em que me sinto oprimida por tudo aquilo que ainda não sou, e não sei. Dias em que só queria viver no cume de uma montanha sem nome e sem estradas de acesso.

O bom destes dias é que acabam por passar, porque depois de um dia de chuva intensa o sol brilha sempre.

O bom destes dias é que acabam, espero e não acabar eu, presa e constrangida por tudo aquilo que queria ser e mostrar, mas que não sou e não mostro a ninguém.

Porque construi a minha volta um muro que não deixo ninguém transpor, e porque me sinto simplesmente triste, mas nem sei porque, tenho tudo para ser feliz, mas não o sou, pelo menos não hoje...