Adeus e saudades

Tentei durante 1 semana ignorar que o dia da partida dele se estava a aproximar a passos largos, preferi sempre aproveitar todo o tempo que tinha para matar as saudades que me consomem. Fingi que 1 semana era muito tempo e que dava para tudo, mas era mentira, não foi tempo suficiente, o tempo nunca é suficiente quando temos sobre nós a espada da despedida inevitável.
Quis ter-lhe roubado o bilhete, que os controladores aéreos estivessem em greve ou até que o avião tivesse problemas técnicos que o impedissem de levantar voo, mas nada disso aconteceu e como tal tive que lhe dar um último abraço com os olhos rasos de lágrimas e dizer-lhe que ia ter saudades.
Quando o ouvi dizer que nos víamos em Dezembro apeteceu-me bater-lhe, como é que é possível que ele prefira ir descer o Amazonas a vir para Lisboa? Bem, que pergunta idiota, é claro que ele prefere o Amazonas, eu própria preferiria, ele com o seu espírito intrépido e uma curiosidade maior que tudo também.
Portanto, até Dezembro, só quero que esse fatídico mês chegue depressa para novamente poder vê-lo...
1 semana é tanto tempo numas alturas e tão pouco noutras...