Não gosto que me prometam coisas e não cumpram.
Detesto que me tenham prometido agarrar-me caso eu me destruísse no chão e agora tenham desaparecido.
Não preciso, porque nunca precisei, que me prometam o mundo, basta que me assegurem um pedacinho de paz.
Não sou pessoa de confiar cegamente em ninguém, sou daquelas que se fia na virgem mas com um olho já em cima da saída de segurança mais próxima, só na eventualidade de algo correr mal, e por isso irrita-me profundamente sentir que as minhas expectativas foram defraudadas, não porque isso doí, mas porque acho de profundo mau tom que isso aconteça.
Não confiei cegamente em ti, mas dei-te pelo menos o benefício da dúvida (acho eu), mas será que dei mesmo? Ou voltei a fazer o que é mais comum em mim e deixei-te acreditar que estava a confiar em ti quando no fundo estive sempre à espera que defraudasses as minhas expectativas?
Talvez ele pense que me apaixonei por ele, ou pense apenas que não vale a pena atirar-se cegamente rumo a algo que o mais certo é dar para o torto, talvez tenha comprovado algo que eu apregoei incessantemente, que sou um poço de contradições e "ligeiro" mau feitio. Ou talvez, e este é um ENORME talvez, ele tenha percebido que o que nos "aconteceu" não passou de uma ilusão que tanto ele como eu precisávamos que acontecesse.
E agora sinto que tudo se perdeu, a partilha e as conversas descomplexadas acerca de tudo um pouco.
Secalhar sou só eu, que fazendo jus à minha feminidade estou a analisar tudo até ao mais infímo pormenor, mesmo as coisas que não deveriam ser analisadas, ou sequer cobradas, mas para que conste (não vá dar-se o caso de ele ler) não estou a cobrar nada, estou só a escrever. Afinal o blog é meu e tal como acontece em época de campanha eleitoral nos aborrecidos tempos de antena: O que aqui se encontra escrito é da inteira responsabilidade da sua autora.
