A minha família tem uma tendência estranha para o disparate, somos todos um bando de desbocados, com uma pérfida tendência para dizermos a pior coisa na pior altura.
Como somos uma família enorme há sempre imensas histórias que se contam acerca de todos, uma delas é a história do meu nome.
Muitas pessoas pensam que o meu nome é uma homenagem ao meu avô paterno, o que não é verdade, a história na verdade é bem mais simples que isso.
Quando os meus pais se casaram e me "fizeram" a minha mãe não quis saber de que género era o bébé, mas sabia que queria que eu me chamasse Ana Catarina se fosse rapariga, a minha avó, que é uma senhora muito previdente, considerou que essa era uma ideia tenebrosa, na opinião dela, quando eu fosse para a faculdade como o meu nome começava por A, seria chamada primeiro que os outros nas orais. Isso não era aceitável!
A "santa" da minha avó aconselhou a minha mãe a optar por um nome assim mais para o meio do abecedario, para que eu não fosse nem a primeira nem a última a ser chamada para as orais.
E foi assim que escolheram o meu nome.
No fundo a culpa é toda dos avós intromissivos que eu tenho.
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