12/03/10

Confiança

Eu não confio em ninguém!
Quando esta frase me saltou dos lábios impregnados de vinho arrependi-me imediatamente, não é justo dize-lo, não que seja mentira, mas porque também não é inteiramente verdade.
Eu confio nas pessoas, em algumas pelo menos, aquelas que me dão provas que merecem a minha confiança, as que se deram ao trabalho de saltar o muro que eu ergui para me proteger de tudo e de todos.
Mas a verdade é que essas pessoas se contam pelos dedos da mão, diria mesmo que nem preciso das duas para as contar.
Eu não confio nos Homens, esta frase seria mais justa, mais verdadeira que a anterior.
A verdade é que não confio neles, tudo no sexo oposto me amedronta e me causa interrogações. Sempre que conheço alguém novo imediatamente dispara um alarme no fundo da minha cabeça que me faz analisa-lo e procurar-lhe defeitos. O mais trágico é que encontro-os sempre, por mais mínimo que ele seja eu sei que ele existe e faço minha missão encontra-lo.
Tenho pena que com a minha idade eu esteja já tão descrente, tão marcada, por vezes só desejava poder passar uma borracha por cima de todos os anos passados e começar de novo, como uma folha em branco, limpa e desejosa por alguém que a complete com palavras sentidas e momentos felizes.
Não tenho feitio para me deprimir, passar dias e dias sem sair da cama a coser remendos no meu coração e na minha alma, mas as vezes preciso mesmo de o fazer, e é para isso e por isso que escrevo um blog.
Esta é a minha versão de dias de depressão.

Sem comentários: